Anarquia


Na anarquia das tintas eu crio arte. Nela repressão vira confusão e o confinamento da rotina se extingue. 
O pincel é minha ferramenta e com ele crio a ilusão de controle, porém na tela, é a aquarela quem está no governo. 
Arte é liberdade, a câmera que registra a vida, o pilar que sustenta nossa alma e nos impede de acabar saudando um Grande Irmão.
No pano de minha tela faço um esboço do mundo em que não quero viver. O ano é de 1984 e eu fujo dessa louca escravidão.   


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